Então a psicóloga vira para mim e fala: “Vai mudar pra lá e
viver de quê? Amor e uma cabana?”
Essa foi apenas uma das frases que eu tive que engolir ao
dizer que ia deixar a capital do Brasil e mudar de mala, cuia, marido e filhos
para uma cidade de 8 mil habitantes no interior do Goiás.
Chegava a ser cômica a inocência dessas pessoas em achar que
eu não tinha passado ainda por esses questionamentos. E ainda me perguntava a
todo momento, mesmo com os mínimos detalhes de moradia e sobrevivência
planejados, se aquela era a coisa certa a fazer. Quem disse que optar por uma vida mais simples seria simples?
Meu filho de sete anos, uma das grandes razões da nossa
escolha, chorava para não ir, a casa foi assaltada uma semana antes de mudança
e o meu marido teria que trabalhar mais dias em Brasília que o esperado. Fora
todas aquelas almas inocentes que diziam que eu estava louca.
Mudamos.
Acordo e abro as janelas não para o estacionamento do meu
bloco, mas para as montanhas que me cercam. Meu filho não passa o dia inteiro
me pedindo brinquedos, álbuns, games que a tv bombardeia, mas pega seu skate
após a aula e me pede: “Mãe, avisa pro papai que eu tive um dia muito feliz”. Ele sai com sua bicicleta e sua única obrigação é retornar antes do anoitecer. Às vezes passo pela cidade procurando por ele e as pessoas me dão notícias: "passou por aqui, almoçou e já foi" ou "saiu com Fulano para a cachoeira". Minha filha é cumprimentada pelo nome aonde quer que vá, seja
supermercado, restaurante ou pracinha. Eu posso apreciar a fim de tarde
da varanda ou até mesmo tomando banho, basta levantar o olhar para a janela com
vista para o pôr-do-sol.
Foram quatro anos vivenciando essa realidade única. E depois chegou a hora de procurar novos caminhos. Ainda retornamos sempre que possível para nos reabastecermos, para respirar aquele ar, admirar aquele céu... mas também sei que mesmo de longe carregaremos para sempre esse lugar conosco. O lugar sagrado onde se pode sentir a reconexão consigo mesmo! O interessante é constatar que este lugar não precisa ser um lugar físico; ele apenas precisa existir de alguma forma em nós!
E então, qual o lugar em que você se sente em paz com o mundo, em que as coisas parecem estar fluindo naturalmente e você se vê verdadeiramente como você?
Consegui imaginar-me lá :)
ResponderExcluirMas não sei responder à pergunta...vou pensar melhor sobre isso.
Na minha casa mesmo. Me sinto muito confortável e segura no apartamento onde vivo, em Fortaleza. Mesmo com toda a violência ao redor, me sinto bem aqui. Mesmo com todos os barulhos, engarrafamentos, calor...Não trocaria, por enquanto, por lugar algum. Posso até amanhã mudar de ideia, mas hoje, agora, gosto de morar e viver aqui. :)
ResponderExcluirBeijos
Adriana
Olá, Rosa Paula!
ResponderExcluirMenina, uma decisão desta requer muita coragem, pois a gente fica entre "a cruz e a espada", ou seja,
os encantos da natureza e de uma vida mais natural, e as comodidades da vida urbana. Gosto dos confortos da cidade, mas odeio os engarrafamentos de trânsito, os perigos constantes, os estresses, rsrs.
Beijo e boa semana!
Viver num lugar assim tem muitas vantagens. Eu gosto de passar algum tempo no campo e apreciar a natureza.
ResponderExcluirbeijinhos grandes.
Não sei se consigo responder à sua pergunta. Sempre vivi no mesmo canto. Sinto-me bem, feliz e relaxada em casa. Então talvez esteja no local certo. Bjs.
ResponderExcluirEu nunca sairia da minha zona de conforto, Rosa Paula.
ResponderExcluirPelo menos, acho que não.
Os locais que mudei de mala e cuia, eram Capitais.
Minha zona de conforto é urbana, Rosa Paula.
ResponderExcluirSempre urbana.
E é aqui que me sinto em paz, se é que existe paz nesse país tão violênto.
Oi, Rosa, acho que o lugar é a cabeça da gente, o nosso estado de espírito. Mas, mudar fisicamente de um lugar para outro, é um exercício incrível, treinamos o desapego e aprendemos um bocado. Beijo e ótima semana.
ResponderExcluirOi Rosa Paula.
ResponderExcluirAs escolhas sempre são lotadas de 'lados' positivos, e desse que não tem preço.
Em casa mesmo, mas só mudei uma vez, e voltei correndo.
Mas eu era criança, e sai de uma casa para um apartamento onde os cuidados eram redobrados
bjs e ótima semana
Ai...estar perto da natureza não tem preço, gosto bastante. Morar em lugar mais calmos é bom, mas ainda fica a dúvida se você precisa trabalhar e estudar e esses lugares forem muito longe. O negócio é estar onde nos sentimos bem.
ResponderExcluirBeijos!
Paloma Viricio-Jornalismo na Alma.
No meu apartamento! Fica no segundoo andar, exatamente na altura da copa das árvores do jardim do meu pequeno prédio (de apenas 6 andares). Tem passarinho de várias espécies, azaléias em flor, roseiras... E eu, costurando olhando prá tudo isso (esse é o meu momento ideal).
ResponderExcluirBjs
Nossa que linda sua história...
ResponderExcluirSabe moro na capital de Goiás em Goiânia e amo sempre que visito uma cidadezinha do interior que se chama Pirenópolis...so a calma que essa cidade me transmite ja vale a viagem...fora a natureza exuberante existe la...sonho um dia morar assim...num lugar calmo tranquilo longe dos grandes centros...
A vida simples me encanta mais rsrs...
Que bom que você teve essa experiência...
Ótima semana pra você querida...
Beijinho
Francine
Quem me de dera puder pegar nas malas e ir para um lugar assim, largar tudo e viver num lugar onde o ar que se respira é puro e sem gente que o infesta.
ResponderExcluirhttp://strawberryleopard.blogspot.pt/
Adorei sua visita!
ResponderExcluirÓtima semana prá vc tb!
Bjs
Sei que é precisa muita coragem para mudar de lugar.Ao longo da minha vida, mudei muitas vezes, sempre me custou muito a adaptação.
ResponderExcluirActualmente, onde me sinto melhor, é no conforto da minha casa, onde vivo desde 2004.
Beijinhos. Evelyne.
Oi Rosa,
ResponderExcluirEu tive uma infância como a de seu filho. Fui criada em Jaú-SP, e lá era uma cidade pequena. Pena que a cidade cresceu, e hj qdo vou lá vejo casas com grades nas janelas e edifícios.
Beijos 1000 e uma ótima terça-feira para vc.
Gosto disto!
Fotos lindas, amei a inspiração!
ResponderExcluirTenha um bom restinho de semana!
Beijos!
Ah, tem post novo lá no meu blog!
www.mamaenadia.com