Durante a semana me deparei com uma matéria sobre um apartamento em Paris que foi aberto após ficar 70 anos fechado
exatamente como a dona o deixou, provavelmente fugindo da guerra (leia aqui). Uma cápsula
do tempo involuntária que revela o modo de vida de uma época. Infelizmente, o apartamento não está aberto a
visitação pública, mas suas fotos já foram um deleite para a minha alma amante
de outros tempos.
E não pude evitar o pensamento: o que alguém
imaginaria de mim se encontrasse minha casa abandonada exatamente como a
vivencio no dia a dia? O que minha casa falaria sobre mim? Acredito que ela
mostraria alguém que adora ler e se comunicar, que guarda lembranças com carinho,
que aprecia boa música, boa companhia e peças vintage, e que não é excessivamente
ordeira. Ou talvez os outros vissem coisas completamente diferentes como uma
acumuladora de fitas e papel de presente, que junta tralhas que ninguém tem a
menor ideia para que servem e que estoca chocolate como quem estoca comida para
a guerra!
O exercício de me descolar de mim e tentar ver
meu cotidiano com o olhar do outro me revelou coisas que eu nem imaginava sobre
a minha personalidade e modo de viver! É uma tarefa interessante e agora
convido você a fazer o mesmo: ao olhar para sua casa com um olhar “estrangeiro”,
o que ela nos revela sobre você?
Gente! Paula, que interessante.
ResponderExcluirDá vontade de revirar tudo, achar as memórias dessa pessoa.
Eu deixei uma faculdade de História, sou super curiosa.
Nem vi tanto a beleza do apartamento, embora esteja sujo do tempo e desorganizado.
Vi a história que ele carrega. Muito interessante.
Eu tenho pouco em casa, por opção. Acho que menos é mais e por praticidade.
Se vê pelo meu cantinho preferido que sou costureira aprendiz, eu acho! :)
Beijos
Olá Rosa Paula,
ResponderExcluirQue legal a sua descoberta, gostei muito. Bem interessante pensar na nossa casa assim, parada no tempo e vista por outros que nunca te conheceram...
Beijos
Oi, Paula!
ResponderExcluirUma viagem instigante...
Como você, também coleciono papéis, fitas e incluo também caixas e tantas outras coisas. Não gosto de desorganização, mas não sou ordeira, então é um eterno conflito rsrss
Grande abraço. Em divina amizade.
Sonia Guzzi
Oi, Rosa
ResponderExcluirMuito legal se ver através de sua casa, onde mora! Adorei.
Amei o seu blog, vim aqui por meio do blog de Adriana Balreira. Parabéns!!
Bjosss
Sheyla.
Interessante e admirável post. Parabéns!
ResponderExcluirOi, Rosa, é um exercício bem curioso, acho que a interpretação depende muito do repertório de cada um. Beijo!
ResponderExcluirOlá Paula. Já tinha lido sobre essa descoberta.
ResponderExcluirSabe que na minha profissão tenho entrado em bastantes apartamentos, não parados no tempo como esse (aliás lindo, um tesouro) mas cuja ocupante falece sem descendentes e a casa é devolvida ao proprietário com tudo dentro e do jeito que a pessoa deixou. Vou lhe dizer que é uma coisa estranha entrar num local assim. Acho que para me defender, nunca chego a me interrogar sobre a vida da pessoa. Fico mais impressionada até pelo fato daquela vida ter terminado ali, com aquele monte de moveis e objetos inertes, que depois de retirados e oferecidos a instituições, já não restará uma recordação, uma foto ou lembrança daquela pessoa. Nem sequer ninguém para se lembrar dela. É triste.
A minha casa, não sei o que diria sobre mim: está sempre mudando!! bj
Que história triste a dessa senhora e desse apartamento!
ResponderExcluirPor outro lado, ver tantas antiguidades deve dar uma vontade enorme de observar cada pequeno detalhe atentamente...
Acho que minha casa revelaria que eu sou uma bagunceira quase regenerada!
Beijo