Quase todas as pessoas que trabalham com
processos criativos em algum momento se perguntam porque exatamente estão
fazendo aquilo. Afinal, com tantos músicos, escritores, pintores, fotógrafos
maravilhosos no mundo porque alguém iria ouvir, ler, admirar o que “eu” faço?
O fato é que quem cria necessita dessa
expressão. Não conheço ninguém que escreve porque quer. Todo mundo escreve
porque precisa. Precisa se expressar, precisa colocar essa energia para fora,
precisa desse espaço que é onde seu ser verdadeiramente respira. Precisa,
precisa, precisa. É algo profundo que as move, essa necessidade de expressão.
Está na pele, está na alma e precisa sair de alguma maneira. Mas depois segue a
necessidade de reconhecimento. E a dualidade que colocar sua expressão ao
escrutínio de outros. O medo de ser criticado, e para alguns, até o medo de ser
amado, medo de “dar certo”.
Então vem a racionalização: por que as pessoas
leriam mais um livro bobo de amor? Por que ouviriam mais uma música melosa? Por
que entrariam exatamente no meu blog quando há milhares de outros semelhantes e
mais interessantes por aí?
A resposta é simples e você já a conhece porque
é um velho clichê que não deixa de ser verdade: porque você é único. Sua
expressão é única. Talvez ela alcance muitas pessoas, talvez poucas. Mas reflita
sobre o seguinte: se uma pessoa for tocada por suas palavras, pela sua arte,
uma única pessoa em todo o universo, já vai ter valido a pena? Geralmente a resposta que recebo para essa
pergunta é sim. O que normalmente não se percebe é que essa pessoa, essa única
pessoa que talvez seja tocado pelo que você fez já existe. Você já foi tocado! Você
foi transformado pelo que você produziu.
Isso significa que já valeu a pena!
Uma amiga escreveu um romance que conta uma
história de amor. O fato de escrever uma história de 300 páginas a transformou,
abriu sua mente para outras percepções e sentimentos, fez com que ela
enxergasse suas capacidades de uma nova maneira. Em seguida, eu li sua história, me surpreendi
com sua narrativa, com sua capacidade de construir um fio tão coerente por
tantas páginas. O fato de que ela teve a audácia de seguir adiante nesse
projeto me impressionou. Já somos duas pessoas tocadas por este livro. Duas
pessoa que já não são as mesmas porque
esse livro foi escrito. Para mim, já é motivo suficiente para que ele exista. O
fato de que você leu esse texto até aqui é motivo suficiente para que eu o
escreva. E volte a escrever amanhã e depois e depois.
Seu trabalho criativo, qualquer que seja ele,
merece estar no mundo! Merece ser visto, lido, admirado, entendido (ou não). O
que você faz transforma você, e isso faz diferença no mundo. Então, em última
instância, o que você faz transforma o mundo. Ponto.
Tenha uma semana transformadora!
Olá Rosa, qeu texto bonito (como sempre) vc escreveu aqui. de grande sensibilidade. Feliz dia das mães para vc, amanhã! bj
ResponderExcluirEu sempre fui insegura em escrever e o blog tem me ajudado muito!
ResponderExcluirEssa semana estarei escrevendo muuuito, mas desta vez pareceres sobre os alunos.
Beijos